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domingo, 8 de fevereiro de 2015

Paulo Proença














Perda dupla; Este texto abaixo foi uma homenagem do Jair Bortoleto e do Adrian Kojin ao nosso querido Paulo Proenca no The Surfer's Journal Brasil. E agora fico sabendo que a revista, linda e muito bem cuidada, nao sera mais publicada…Triste! Aloha!

Paulo Proença

O mais carioca dos surfistas.
Paulo "Rato" Gomes Proença, nasceu em casa de pessoas cultas das quais herdou o hábito da leitura e dote do bem escrever. Estava ali o diferencial no que sempre gozou do politicamente correto e também do incorreto. Seu avô foi ministro de Vargas e cresceu em uma Copacabana dos anos dourados que ele infernizava com sua irreverência contagiante, seu jeito gozador e divertido. A vida do Paulo não caberia em duas laudas ,assim como nao coube na vida.
Da Almirante Gonçalves ao Arpoador foi um pulo, junto aos amigos João (irmão de Cauli), Marcos Berenguer, Fedoca e outros.

Começava então aí a sua vida no surfe, chegando no Arpoador, onde ele se transformara rapidamente em um de seus mais expressivos talentos.
Rato, como era chamado, tinha um estilo que saltava às vistas e não demorou a se transformar em um ícone, com seu surf cheio de estilo além de nos brindar com seu comportamento extravagante e sua inteligência, sempre bem humorado. Quando chegou ao Pier, já era um dos mais respeitados surfistas de sua geração.
Saquarema foi o passo seguinte onde estabeleceu sua fábrica de parafinas, a Wax Mate (a legítima, como ele dizia) e, se jogando com tudo em uma vida alternativa além de procurar manter uma alimentação natural, novidade na época entre os surfistas. Sua famosa casa de sucos foi precursora das que temos atualmente.

O Maracanã do surf fervilhava, era a época dos festivais e de grandes multidões nos campeonatos. Uma cultura embalada pela meditação, surf, alimentação saudável e que adorava cantar em torno de uma fogueira, rindo da vida , fazendo-a valer a pena.
O Pier e suas esquerdas fantásticas forjaram um bom pegador de tubos e logo ele estava se lançando a novas aventuras. De olho no mundo, Paulo era o resultado desta nossa fuga do que acontecia no país. A areia era nossa fronteira, a partir dela tínhamos outra vida .
Esta vida levou-o em uma Kombi, por uma viagem radical até o Peru. Com Nelsinho, Xuxa e Otávio. 


Era o começo de uma vida onde ele rodou o mundo surfando e fazendo suas parafinas. No Havai, foi um surfista arrojado com um estilo bonito, agressivo, surfava bem em Pipeline como em Sunset. As ilhas do pacífico combinavam com seu jeito irreverente, onde ele nunca,mas nunca mesmo, deixou de ser o Paulo Proença , aquele que fez os havaianos pensarem: Quem é este cara?
Rato abriu muitas portas, fez alguns desafetos mas muito mais amigos. Cozinhou com Otávio Pacheco uma peixada com frutas, nossa ceia de Natal do ano de 1974 junto de convidados como Shawm Thompson e seu primo Michael Thompson, Ivan Sardan, dentre outras pessoas que estavam ali pelo mesmo motivo. Este ano foi o ano da virada, O famoso "turning point", contado no filme
“Busting Down The Door”.

Rato vivera intensamente esta transformação. Foi um de nossos primeiros surfistas a ir à Africa, onde surfou muito bem com Ricardo Bocão. O Mundo estava ficando pequeno e ele com pressa.Era o começo do surfe profissional.Ele fez parte da equipe internacional da Kanvas by Katin.
Juntos a ele estavam Betão, Bocão, Otávio, Rico, Daniel Friedman e Pepê, os quais eram como uma espécie de linha de frente do que tínhamos de melhor. Eram estes os nossos mais bem preparados surfistas, dispostos a surfar em pê de igualdade..
Neste dia também estavam eu, Pepê, George Pretyman, Tumbero e Persegue (surfista de outra geração mas que pegava muita onda!). Paulo levava o Brasil para o centro do que de novo acontecia. Lá ele estava em casa, andava no North Shore como se tivesse lá nascido .
Este comportamento desbravador ajudou e gerou auto estima aos muitos outros surfistas que apareceram depois, facilitando assim a vida de todos.

Devido a suas boas performances em Sunset e Pipeline, foi convidado para ser juiz no famoso Duke Kahanamoku, na época uma honra a um brasileiro.
Quando passou sua fase no Hawaii, Paulo fez parte de uma geração de brasileiros que viveram e disseminaram o nosso português em um pedaço de Bali, o qual foi seu endereço por anos. Começava aí outra fase de sua vida, negociando suas parafinas, pegava suas esquerdas e vivia uma vida de sonhos. E Rato estava lá, com sua eloquência, suas histórias e seu jeito carioquissimo de ser, o surfista mais carioca que conheci.

Voltando ao Brasil, estava sempre no Pepê, na Prainha, no Arpoador e em Saquarema, até que foi tragado por suas lembranças o levando a uma série de viagens ao Peru nos últimos anos, fazendo novos amigos, revendo os antigos, curtindo Punta Hermosa e Chicama, dois endereços certos de suas estripulias onde e amava estar.

Paulo fez de seu surfe a estrada para conhecer o mundo. Posso dizer que ele se divertiu e nos divertiu também. Dia destes, pela manhã, andando de bicicleta, foi atropelado. Atropelado pelo mundo do qual ele fugia, para procurar sua vida na fronteira da areia. Paulo deixa uma filha linda, com seu mesmo olhar e também uma saudade eterna aos amigos! Aloha!
Jacques Nery.

Obs: Texto Publicado na edicao 03.4.

Fotos: Anderson Vidal, Fedoca, Nilton Barbosa,minhas e de amigos.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Sem você



Sem você
Meu corpo Já não suporta
Minha cabeça não passa da porta
Minha boca parece morta
To suando pensando em você
Tenho febre quando sonho você.


Sem você
Meu amor, porque fica assim?
A chuva parou, o sol saiu
Meu coração não secou minhas lágrimas
Dias que não passam para mim
Olhos verdes tiram um sarro sem fim
Fingindo não ver
Você voar sobre mim.

Sem você
Lembro de nos
Granola crocante no jornal da manhã
Uma noticia chocante e uma boa nova
Que é você, em pele de anjo
Dormindo nosso cheiro de amor
Por mais que o mar venha nos chamar
O tempo desiste ao não te acordar
Meus olhos viajam com carinho
Mirando seu jeito menina
Na verdade vênus dormindo
Os sonhos de uma mulher.

jacques

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Coxinhas e empadões!

Ficou claro nos não entendemos mais o Brasil ,que ele virou um pensamento pessoal de um grupo que por principio básico..... não entendem o Brasil, pois são idealizados para seguir um sonho fake de fragmentos de tudo que queremos.

Mas só nos entregam um oráculo desfigurado desatualizado e querendo unir passado e futuro, usando a boa fe de mudança em um engodo colossal que os velhos inimigos se transformaram no objeto a ser conseguido; poder ,dinheiro e.permanecia….

Fico com pena quando vejo como els foram competentes….folgo agora por saber que esta no fim, afinal sao uns iguinorantes e ate para o crime, tem que haver competencia…onem o Dirceu disse….sou inocente viajei cem vezes desde 2004 a diversos paises dando consultotia…Se sou juiz ,o prendo na hora…Reu confesso…Vendias o quem se pouco sabe?A nao ser o telefone de quem aprova e paga. Crime. sem conversa, nao entendo mesmo este Brasil de carrochinha, o Brasil de verdade esta sendo assaltado na cara dura…

Fora PT, Mula, Dilama e quem estiver junto , sei que sera democraticamente e nao sera facil, pois temos uma direita do mesmo calibre ,que hoje joga com o PT e amanha jogara com quem chegar ao poder…A mocinha faceira cheio de ideais, pudiga, singela cheia de ideologia, virgem e sonhadora, saiu do elevador toda melada…dizendo ,"Xa eh, Xa eh" !!!! Ve quem quer.

Jacques